segunda-feira, 10 de novembro de 2025

A evolução na aplicação da Psicologia

 

As mudanças na evolução da aplicação da Psicologia, especialmente na clínica, durante essas quase cinco décadas atuando como psicoterapeuta, chamam-me muita atenção!

O conhecimento maior do funcionamento do cérebro é fascinante e oferece recursos para diagnósticos e estratégias de tratamento, sem dúvida.

A questão é: como são feitos esses diagnósticos, como são recebidos e impactam a vida das pessoas ?

Nomear sintomas é importante, sim. Entretanto, parece estar havendo uma supervalorização do diagnóstico em detrimento do processo que considera a pessoa mais do que seu transtorno ou doença. (Sem que isso signifique desconsiderá-los!)

O transtorno X resulta em tais comportamentos que passam a determinar a pessoa, levando-a ao conformismo ou a práticas de mudança de comportamento que não são eficazes para muitos e/ou perdem sua força com o tempo; gerando assim, mais frustração e sentimento de impotência do que de superação e transformação. Do meu ponto de vista, mais adoecimento do que saúde. Mais heteronomia do que autonomia.

Mudanças de comportamento não são fáceis, porque envolvem o indivíduo como um todo. Além do que, é preciso compreender que a atitude é constituída de três elementos: o racional, o emocional e o comportamental.

Pode-se desejar muito mudanças de atitudes, mas, se esses três componentes não forem mobilizados, não estiverem alinhados, dificilmente, ocorre mudança.  

O processo na análise psicológica envolve um dinamismo entre esses três fatores, dando lugar a maior consciência de si, amor-próprio/autoestima e transformação do que é possível ser transformado.

 

 

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