Já tivemos momentos, nesses milhões de anos que habitamos a Terra, de maior insegurança, de violência ... De vida tão mais vulnerável!
Sofisticamos as ferramentas, as leis, as sociedades - onde o ser humano supera-se cada vez mais, a ponto de acreditar que pode tudo, que já é tudo. Acredita que esteja pronto, que não deve nada a si mesmo e , tão pouco, a outro!
Onipotência? Onisciência?
Parecem "realidades" humanas que colocam a questão da honra, do respeito, do amor à vida e aos semelhantes em xeque! Em discussão.
O homem do século 21, de fato, tem acesso fácil a muito conhecimento. Pode muito mais e é mais autônomo, sem dúvida. Entretanto, não está melhor!
Todas as facilidades que conquistou parecem tê-lo "afrouxado" em todos os sentidos!
As escolhas que faz são, geralmente, pelo mais rápido, mais fácil, o que exige menos.
Que impacto sofre o caráter com tais escolhas? Quais os reflexos sobre a ética, sobre a qualidade dos relacionamentos?
O autoconhecimento é trabalhoso e contínuo. O certo é mais custoso na maioria das vezes. Dividir a vida com outra (s) pessoa (s) é, certamente, uma tarefa que requer domínio de si, ética; portanto, respeito pelo próximo, além da vivencia do prazer e da satisfação pessoal.
Tornar algo sagrado e se esforçar para honrá-lo - quase sempre, é mais difícil do que fácil.
Se o narcisismo, a busca pelo prazer imediato são dominantes na vida desse século - o sacrifício, o respeito, o amor ao próximo são faltas cada vez mais sentidas e vivenciadas no dia a dia de cada um, em todos os setores da sociedade.
Parece, portanto, que as consequentes violências desse cotidiano são motivadas pelo egoísmo, pela vaidade próprios do eu-grandioso-exibicionista ,cada vez mais exigente e menos consequente, desse homem que involui quase que na mesma velocidade em que cria e desenvolve suas "ferramentas"!