domingo, 18 de fevereiro de 2018

Onde foi que perdemos a honra?

Já tivemos momentos, nesses milhões de anos que habitamos a Terra, de maior insegurança, de violência ... De vida tão mais vulnerável!

Sofisticamos as ferramentas, as leis, as sociedades - onde o ser humano supera-se cada vez mais, a ponto de acreditar que pode tudo, que já é tudo. Acredita que esteja pronto, que não deve nada a si mesmo e , tão pouco, a outro!

Onipotência? Onisciência?

Parecem "realidades" humanas que colocam a questão da honra, do respeito, do amor à vida e aos semelhantes em xeque! Em discussão.


O homem do século 21, de fato, tem acesso fácil a muito conhecimento. Pode muito mais e é mais autônomo, sem dúvida. Entretanto, não está melhor!

Todas as facilidades que conquistou parecem tê-lo "afrouxado" em todos os sentidos!
As escolhas que faz são, geralmente, pelo mais rápido, mais fácil, o que exige menos.

Que impacto sofre o caráter com tais escolhas? Quais os reflexos sobre a ética, sobre a qualidade dos relacionamentos?

O autoconhecimento é trabalhoso e contínuo. O certo é mais custoso na maioria das vezes. Dividir a vida com outra (s) pessoa (s) é, certamente, uma tarefa que requer domínio de si, ética; portanto, respeito pelo próximo, além da vivencia do prazer e da satisfação pessoal.

Tornar algo sagrado e se esforçar para honrá-lo - quase sempre, é mais difícil do que fácil.

Se o narcisismo, a busca pelo prazer imediato são dominantes na vida desse século - o sacrifício, o respeito, o amor ao próximo são faltas cada vez mais sentidas e vivenciadas no dia a dia de cada um, em todos os setores da sociedade.

Parece, portanto, que as consequentes violências desse cotidiano são motivadas pelo egoísmo, pela vaidade próprios do eu-grandioso-exibicionista ,cada vez  mais exigente e menos consequente, desse homem que involui  quase que na mesma velocidade em que cria e desenvolve suas "ferramentas"!