quarta-feira, 4 de agosto de 2021

A jornada do homem rumo a" Sofia" e ao amor.

Eva, Helena, Maria e Sofia: aspectos da Anima não muito claros, para os homens que buscam encontrar a  mulher perfeita ou "a" mulher de suas vidas. Aquela que preencherá tudo que construiram a seu respeito ao longo das experiencias com as mulheres.

A primeira delas é Eva. Geralmente, "a mulher para casar" e com ela ter filhos. A esposa. Eva logo perde o brilho aos olhos desse homem que não se vê feliz com a vida de casado!

Aqui, recomeça a busca pela  juventude e beleza das mulheres Helena. 

Um retrocesso, uma regressão à fase onde a forma física conta muito para que a mulher perfeita seja nela projetada. Tudo, assim, será renovado , como a promessa de vida feliz. Expectativa de mudança que não inclui a própria. Está tudo certo com ele, naturalmente. "Eva", e a vida como seu marido é que não eram bem como imaginava...

Casa-se com "Helena". A bela noiva é alçada ao pedestal de Maria: a personificação de tudo que sempre quis encontrar em uma mulher. Enfim, a mulher perfeita!

"Maria", que é de carne e osso, como ele, com o passar do tempo revela-se real, humana demais! Decepciona-se mais uma vez o homem da história da vida de tantas mulheres...

Sai ele frustrado, decepcionado e, mais uma vez, em busca da mulher perfeita.

Aqui, se ele se der conta que gira em círculos em torno de si - poderá entender que a mulher idealizada não existe. 

Nesse momento, poderá avistar Sofia. Ela está do outro lado do caminho que fez até aqui. A passagem até ela é estreita, como costuma ser a que nos leva ao encontro de nós mesmos.

A decepcção com as mulheres ( idealizadas) é o que pode levar o homem à sua completude.

Ele precisa retirar suas projeções sobre elas, para se dar conta que o que não suporta nelas, muitas vezes, não suporta em si mesmo. 

Se uma bela Helena reflete sua virilidade e superioridade como homem, quando ela passa a simples mortal, que imagem dele reflete - para si e para o mundo? Que imagem dele, essa mortal espelha?

Encarar sua decepção é o início da  jornada rumo a Sofia. É preciso atravessar a própria sombra, para chegar ao Self . Para ser inteiro em si mesmo.

Conhecendo-se, compreende que não precisa da mulher  ideal - nem mesmo da real - para vivenciar sua completude. Do seu encontro com "Sofia", nasce a sabedoria de que sua vida é possível sem a mulher perfeita.

A vida, simplesmente, pode ficar melhor na companhia de sua mulher. Assim, finalmente, entrega-se ao amor.