sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Somos o que desejamos?

É , também, das contradições que surge aquilo que é próprio, único de cada um - a individualidade.

Individualidade que vai sendo consolidada  pelos desejos e escolhas feitas a partir deles.

Em tudo há  desejo, até mesmo, no  não desejar ; isto é, no desejo de não dar atenção aos apelos que surgem espontaneamente e, que conduzem o comportamento para a busca de sua satisfação... Quanta energia é desperdiçada nessa contenção de desejos...

Alguns desejos podem não ser satisfeitos, que desaparecem... Outros tem sua satisfação adiada sem grandes transtornos para o desejante; mas, desejo que é desejo, enquanto não é satisfeito, não deixa aquele que deseja esquecer-se do objeto de seu desejo!
Esse tipo de desejo pode ir contra princípios, sentimentos,contra escolhas feitas anteriormente, leis e normas que norteiam a vida daquele que o reconhece em si . Não importa, ele clama, reclama, para não se deixar esquecer!

Como calar tal desejo? Como satisfaze-lo sem que traga dissonancia, incongruencia para aquele que o carrega?

Não é fácil resolver conflitos provocados por esses desejos ardentes!

Mente, alma e corpo precisam  ser ouvidos! Nem sempre apontam o mesmo caminho para a realização dos nossos desejos. É importante ouví-los, também, porque os caminhos apontados por cada um deles, nem sempre são aqueles que conduzem o sujeito à felicidade!

Suportar a tensão produzida por possíveis conflitos ou  contradições  que os desejos podem trazer - é o que dá ensejo à  possibilidade de fazer escolhas que dizem sobre quem somos e o que, realmente, satisfaz a cada um de nós.