segunda-feira, 7 de outubro de 2019


Perdemos todos nós, especialmente, quando uma criança, um adolescente tira sua vida. Perdas irreparáveis que não podem cair na "normalidade estatística". O vazio existencial, a desesperança, o não valer a pena viver - o desamparo - a que estamos cada vez mais expostos, precisam nos fazer pensar nos comportamentos de todos diante da vida.

Quais as competências para a vida estamos desenvolvendo em casa e nas escolas?
Que experiencias sociais estamos propiciando às crianças, aos jovens?
Como estamos desenvolvendo a linguagem dos sentimentos? Como estamos formando resiliência se "não podemos" mais frustrar? Qual a qualidade da nossa atenção, da presença, da entrega para nossos filhos? Com quem podem contar, quando diante de dificuldades ? 

Qual conceito de amor, de empatia, compaixão, sacrifício estamos vivendo, portanto desenvolvendo, e deixando como referência para os filhos do futuro? Ou a urgência ditada pelo narcisismo que caracteriza a sociedade contemporânea vai ser o nosso legado para as gerações seguintes?

A vida está entregue às demandas do dia a dia como urgências, cujo centro são as necessidades de adultos infantilizados que buscam, na sua grande maioria, a satisfação das suas próprias necessidades e desejos.
A responsabilidade das nossas escolhas pessoais e como sociedade precisa ser repensada.Afinal, a vida de qualquer ser precisa de múltiplas ações, para que não sucumba à própria sorte.