domingo, 3 de abril de 2011

VIVER

Viver a vida que se tem para viver, essa vida que nem sempre é como se deseja... Lidar com essa frustração, caso ela não seja mesmo como foi desejada, e com a realidade que nos cerca requer habilidades.
Uma delas, a que implica em aceitar a realidade como é, favorece a flexibilidade e o uso de recursos para enfrenta-la,para tirar dela aquilo que nos é necessário,que nos da prazer e nos realiza.Para tanto, precisamos não só desenvolver habilidades como nos libertar das amarras emocionais.

A habilidade para viver melhor requer exercício para ser desenvolvida.
Exercitar a resistencia à frustração,a assertividade,ou seja, a adaptação às cirunstancias de um dado momento,gera competencias para relações bem sucedidas com a vida.
Esses exercícios podem ser feitos nessa sequencia:1-pensar,deter-se na compreensão de um dado acontecimento(externo ou interno);2- identificar os sentimentos,valores e crenças que são mobilizados por ele e 3- escolher a melhor maneira de comportar-se diante dele.
A frequencia e a dedicação com que se exercita essas ações garantem a aquisição dessa habilidade e o fortalecimento da competencia para viver a vida como ela é.

Além desse exercício, a habilidade para viver de forma saudável,com qualidade e maior satisfação pode ser favorecida ou prejudicada por estados emocionais tais como culpa e medo.
Muitas vezes o medo desproporcional de reprovação pode se estender de tal forma que a pessoa, temendo ser reprovada, deixa de fazer escolhas, deixa de atuar e de assumir as rédeas da situação e, até mesmo, da própria vida.
A pessoa com esse medo, pode sentir que incomoda os outros,pode temer recusar um convite, discordar de uma opinião, manifestar qualquer desejo, deixar de obedecer a quaisquer normas, chamar a atenção de qualquer maneira.
Pode, tambem, sentir um medo permanente de que as pessoas descubram alguma coisa a respeito dela.E, mesmo quando se sente querida, sua inclinação é para o retraimento - dessa forma, acredita que impede que descubram o que ela é realmente e que a abandonem.

E o que tanto teme que os outros saibam?

Que sente muita raiva, inveja, vontade de se vingar,que nao acha justo depender de si mesma e que,porisso,nao deseja se esforçar para obter o que deseja.
Que em seu íntimo, insiste em viver a vida de outras pessoas, seja dominando-as ou explorando-as, através de recursos como afeição, amor ou submissão.
Que esconde o quão fraca e insegura se sente e quanto é incapaz de afirmar-se e, mais, o quanto de ansiedade existe nela.
Por essas razões, constrói uma fachada para si e,por ter consciencia dessa insinceridade de sua personalidade ou dessa parte dela, teme ser descoberta e reprovada. Assim, medo e culpa se mesclam.

O medo de ser desmascarada mais cedo ou mais tarde, deixa a pessoa em estado de ansiedade contínua,ou seja, ela passa a maior parte do tempo tensa, na expectativa de que algo ruim possa acontecer e com dificuldade de desativar esse estado.
Nesse estado de alerta constante, a pessoa tem dificuldade para se concentrar, pensar com clareza, identificar sentimentos e decidir por esse ou aquele comportamento. Entretanto, se tiver oportunidade de relaxar essas defesas e, finalmente, enfrentar sua realidade pessoal - não só será capaz de fortalecer-se, como será capaz de desenvolver as habilidades necessárias para seu equilibrio pessoal e estabelecimento de relações bem sucedidas com a vida.

Viver de forma equilibrada e saudável implica na aceitação de si,no fortalecimento de competencias, na aquisição de habilidades e na superação contínua de si mesmo e da realidade que nos cerca.