terça-feira, 15 de agosto de 2023

Levantando a cabeça

 Onde está a resposta sobre o que é melhor para  um grupo de pessoas, uma comunidade, uma nação? Enfim, "onde está o bem comum"?


Houve um tempo em que era possível debater ideias. Um tempo de diálogo. Quando, não se pretendia (con)vencer o outro do próprio ponto de vista. Mas, do qual partia-se para evoluir: como cidadão, como pessoa, como indivíduo. 


Os diálogos de Plantão são uma grande inspiração, entre tantas obras da Filosofia, a fim de voltarmos a essa prática tão importante para a vida pública e privada. Certamente, tal exercício ajudaria a levantarmos a cabeça - não só das telas!

sábado, 5 de agosto de 2023

Você mais sua solidão

Hei, você! Você mesmo, próprio, único! Com impressão digital e muitos números de registro que reforçam sua condição de indivíduo entre tantos. Você que não é como nenhum outro. Não é nem mesmo como o outro de quem se separou pela primeira vez na sua vida. Quantas outras mais não se separaria, não é mesmo?


Voltando ao momento anterior a essa primeira separação. Lá onde viveu sem consciência de si e de qualquer necessidade sua. Lá onde a literatura compara ao paraíso, nada lhe faltava. Não se frustrava, não esperava. Só existia. Apesar disso, já com sua idiossincrasia.


Vê só?  Não tem jeito!


Você, desde então, mesmo que não saiba quem é ou onde está - você é e estará em sua companhia até o fim da linha! É bom se acostumar com você, aprender a andar na própria companhia, a se compreender, amparar, porque uma vez do lado de cá – terá que se suportar, em sua “sozinhez”, “solitude” e/ou solidão. E isso é muito bom!


Como não?!


Lembra de quando se viu sobre os próprios pés, indo e vindo para onde queria? Apesar, de contar com a proteção de alguém, do seu incentivo era você quem usufruía da experiência de mais um passo na direção de sua independência! Mesmo que já não tenha essa lembrança, com certeza, sentiu muita alegria. Assim como, ao tirar as rodinhas da bicicleta, nadar sobre a água ou debaixo dela, com o folego dos seus pulmões e com o resultado do seu esforço em fazer seu corpo boiar. E, por aí vai!


Vai me dizer que não gostou de experimentar tantas outras pequenas, grandes conquistas. Não vou acreditar que não se regozijou, envaideceu-se, orgulhou-se de ser quem é. De ser você e estar na sua pele, usufruindo de suas conquistas


Ah...Também, teve vezes, acredito, que precisou engolir sua raiva, lidar com suas incompetências, suas dores no corpo e na alma. Como precisou de você nessas horas, não? Precisou muito do seu amparo, da sua resistência e aprendeu que se sai mais forte ao suportar esses ventos fortes, esses eventos que são, igualmente, vida. E foi aguentando você, com seus sentimentos caóticos, seus desejos ou necessidades frustradas que fez mais essa valiosa experiência de si.


Pode ter tido até uma ajuda externa. Ela é a mão que precisamos para nos fazer parar, frustrar e nos transmitir o que precisamos saber: você é capaz de se suportar, conter e se amparar. Somos todos – você e eu – um, com a própria solidão.


Lembre-se que é com ela que compartilha, vivencia aquilo que torna possível uma vida saudável consigo e com as outras pessoas.


Não, não me esqueci da importância delas, em tantos momentos da vida!


Vamos ao encontro delas, sabendo que com elas faremos trocas. Boas e ruins. Todas nos afetarão: bem ou mal. Entretanto, as pessoas não estarão mais como no começo de nossas vidas ou, se tivermos sorte, no final delas – só para nós, para satisfazer todas as necessidades físicas ou emocionais possíveis. (Seremos sempre seres faltantes, tanto no início como no fim.) Dessa maneira, quase como era no princípio, estar com o outro como antes- não é mais possível ou desejável.


 Você aprendeu um pouco sobre quem é, onde está e como quer usufruir de si e de sua vida. E ninguém, por mais que você deseje ou por mais que alguém deseje viverá por você as dores e as alegrias de ser você – a não ser você mais sua solidão. Você mesmo!


 


 



domingo, 12 de março de 2023

Dedicado à Mulher

Entre tantas notas, pensamentos, poemas dedicados à mulher, mesmo fazendo ressalvas quanto a necessidade dessa data (dia da mulher), gostaria de deixar alguns pontos de reflexão sobre a tetralogia da autora Elena Ferranti, recentemente lida.

Uma análise mais profunda, ainda não é possível, entretanto, muitos pontos me chamaram a atenção como: a constituição da identidade da mulher.

Quantas facetas compuseram, compõem as mulheres dessa obra! Como é rica e profunda a maneira como a autora descreve suas peronagens, tanto mulheres como homens, dentro do ponto de vista psicossocial de uma época de grandes mudanças que sobrevieram à sociedade conservadora dos anos 60. 

Mesmo que as personagens habitem a Nápoles daquele período é possível reconhecer, ainda hoje, na estrutura da nossa sociedade, inclusive, muitos elementos do machismo e do conservadorismo patriarcal.


No primeiro volume "A amiga genial", Elena Ferranti já nos coloca diante da questão da identidade, contando a história de duas amigas e os sentimentos, comportamentos e segredos que permeiam e são constitutivos da personalidade de cada uma delas. Especialmente, da que nos conta a história toda.


Sem deixar de considerar o contexto socieconômico, religioso, político e cultural, e por ele estar sempre presente, vamos encontrando os muitos tesouros tecidos por Elena sobre os que ficam e os que fogem ou vão em busca de si e de sua realização. (Aliás, o título de um dos volumes é " A história dos que ficam e dos que fogem.")


No que tange à realização das mulheres encontramos nessa obra as dificuldades e os malabarismos que são feitos pelas personagens femininas, não diferentemente de nós mulheres que queremos viver o amor, a maternidade e a carreira profissional.

Como fica evidente a enorme diferença entre o apoio que os homens precisam para sua realização - que, geralmente contam, exclusivamente, com suas parceiras para tal -  e a rede de apoio necessária para que a mulher possa buscar as mesmas coisas!

Apesar dessa rede, quando é possível tê-la, muitas mulheres lutam com sentimentos como a culpa por não serem uma boa mãe, esposa, dona de casa... O conflito entre o direito de ser e o dever de ser o que delas é esperado (inclusive, por elas mesmas) consome muito da energia que poderia ser investida e/ou poupada para o exercício de suas atividades, bem como para que tivessem menos oscilações de humor, de comportamento e estivessem menos cansadas física e emocionalmente para cuidarem melhor de si e dos que lhe são caros.


É uma obra que marca pelo estilo literário em si, pela sua poesia e complexidade psicológica, principalmente, das personagens centrais e da amizade entre elas. E, ainda, pelo mistério que envolve a identidade da autora!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Sua majestade o Ego: um eu-grandioso-exibicionista

Em 1914 Freud usou o termo “Sua majestade o bebê”, para descrever o lugar dado ao bebe na estrutura familiar. É em torno dele que tudo passa a girar. É a partir dele que se organiza a agenda da família. Além desse poder, “sua majestade o bebê” é revestida das projeções dos pais que esperam que ele seja e realize aquilo que idealizaram para si e sobre seu lugar no mundo. Freud fala, nesse volume da sua obra, sobre o narcisismo e a reprodução do narcisismo dos próprios pais sobre o(s) filho(s).

 

Na base do funcionamento psíquico infantil encontramos traços de megalomania, ou seja, de onipotência narcísica que é própria da constituição do ego. O ego infantil é revestido de um superinvestimento libidinal e se contrapõe ao, ainda, precário sentimento de identidade. Tudo está em desenvolvimento.

 

O narcisismo, enquanto superinvestimento libidinal do ego, para além da infância caracteriza um distúrbio no desenvolvimento da relação ego-Si-mesmo. Portanto, refere-se à questão de identidade. Nesse distúrbio encontramos “Sua majestade o Ego”, como compensação de uma identidade frágil que não se estruturou a partir de uma relação equilibrada entre ego e Self (Si-mesmo).

Fica evidente nesse desiquilíbrio a atitude defensiva contra prejuízos à tão frágil identidade . A expressão eu-grandioso-exibicionista traduz bem a identidade sentida como insuficiente. Através dele e de sua exibição a pessoa atrai para si olhares, reflexos da admiração de outros que a ela confirmam sua imagem idealizada.

Os aspectos dessa imagem idealizada variam de acordo com a personalidade de cada um. A beleza, a inteligência, o temperamento, a "santidade", a honestidade, a perfeição, o poder podem ser alguns dos aspectos em torno dos quais gira esse eu-grandioso-exibicionista.

A atitude da pessoa para consigo mesma depende muito do centro, através do qual gravita:

- Se acreditar que é a sua imagem idealizada tenderá a achar que é mesmo um espírito superior, um ser humano excepcional, cujos erros são como que divinos.

- Se sua autoimagem é baseada na comparação com a imagem idealizada tenderá a ser demasiadamente autocrítica, menosprezando a si mesma. Assim, frases como: deveria ter sentido, pensado, feito melhor são próprias dessa atitude e revelam que, no íntimo a pessoa está convencida da sua perfeição; portanto, se tivesse sido mais exigente consigo mesma ou mais isso ou mais aquilo, então...

Tanto numa situação, como na outra o eu verdadeiro está escondido da própria pessoa. O desiquilíbrio na relação ego-Si mesmo leva a pessoa a construir, inconscientemente, uma imagem idealizada de si estática, rígida. No equilíbrio dessa relação a identidade é uma construção, uma vez que o Si-mesmo é um padrão dinâmico, inacabável – um processo contínuo de individuação.

Nesse processo de individuação a busca é pela complementação da própria personalidade e não pela perfeição.

Ao contrário dos ideais autênticos a imagem idealizada, sendo estática é, certamente, um obstáculo ao amadurecimento - ou por negação das próprias deficiências ou por condenação delas.

Já os ideais autênticos, por serem dinâmicos, fazem com que queiramos nos aproximar deles. São indispensáveis, como impulso, para o nosso amadurecimento e desenvolvimento.

A função mais elementar da imagem idealizada é substituir a autoconfiança e o amor-próprio verdadeiros, dando ao ego uma sensação (artificial) de significância e poder. A onipotência, por isso, passa a ser uma crença infalível da imagem idealizada.

Surge com ela o impulso para se distinguir, para de algum modo sentir-se superior, de triunfar sobre os outros. Como o sentimento de vulnerabilidade é muito grande, traz consigo o medo da pessoa ser tratada com desconsideração e humilhação; assim, a necessidade de superioridade dá à pessoa um certo prazer sádico sobre os outros. 

 

Da mesma maneira que a majestade do bebê tiraniza os pais e as pessoas à sua volta a construção defensiva que coloca o ego como majestoso, como um eu-grandioso traz sérios prejuízos ao desenvolvimento real da personalidade, impedindo que a pessoa aprenda a lição com seus erros ou inadequações - uma vez que não os enxerga. Está sob a tirania desse eu grandioso a quem não interessa amadurecer. Aliás, a ideia de amadurecimento quando aceita tende a ser compreendia como obtenção de uma imagem idealizada ainda mais perfeita.

Deixar de estar sob a tirania do próprio ego, renunciar à imagem idealizada desse eu-grandioso-exibicionista só será possível quando a pessoa conseguir reduzir as necessidades que lhe deram origem. Geralmente, isso acontece quando toma consciência da base que formou a imagem idealizada e da função de suas defesas. E, finalmente, do sofrimento que inevitavelmente provocam. 

 

 

domingo, 18 de setembro de 2022

Confiança/ Quebra da confiança

Confiar é esperar, acreditar em alguém ou em algo no sentido do vínculo ou da capacidade de alguém (ou algo) cumprir sua função de maneira eficiente.

No caso de outra pessoa, que ela venha a honrar sua palavra, seu compromisso com a própria moral e com os próprios sentimentos em relação à outrem.

Confiar é ter fé. Fé implica em considerar algo como verdade, sem que haja prova ou critério objetivo de verificação.

Apesar, de o ato de confiar ser, também, um ato de fé - há de se considerar que temos alguns critérios objetivos para dar crédito às pessoas que fazem ou farão parte de nossas vidas.

Confiar, portanto, é uma via de mão dupla. Depende tanto do sujeito, como do outro da relação de confiança.

Esse sentimento, como tantos outros, é construído a partir das nossas primeiras vivências. Tecemos desde então vínculos de confiança nas pessoas e na vida. E tendemos a transferir, como crédito, parte dessa confiança adquirida, às pessoas e situações futuras.

Esse crédito incrementa a  idealização, as projeções que, naturalmente, são feitas sobre o outro e sobre as expectativas que temos em relação a ele - que, por sua vez, faz o mesmo caminho.

Ambos precisam partir da consciência de si e dos valores que os norteiam. Precisam ser capazes de fidelidade aos próprios sentimentos, escolhas etc. Antes de mais nada, portanto, devem estar comprometidos com a própria consciência.

Quando a confiança é depositada em algo esperamos que essa alguma coisa cumpra sua função e não falhe. Que nos ofereça segurança e eficiência. Nesses casos, mais facilmente, podemos nos assegurar que critérios objetivos foram seguidos e certificados. Entretanto, não estamos livres das falhas e/ou acidentes!

Ao confiarmos nas pessoas, precisamos sentir que contamos com elas, que vivenciamos segurança tanto nelas, como no vínculo formado com elas; além do que crédito que lhes damos por identificação e transferência, num primeiro momento. E, evidentemente, pelos sentimentos positivos que dirigimos a elas.

Aqui, também, não se está livre do imprevisível, daquilo que não se espera que aconteça conosco! Quantos não tiveram sua confiança quebrada por alguém que, até então, dava evidências da sua integridade, honestidade de sentimentos, sinceridade, lealdade, fidelidade? Quantos de nós não nos surpreendemos com as próprias quedas, agindo de maneira tão contrária ao que gostaríamos?

Que natureza a humana! O que move a traição de nós mesmos, quando buscamos a retidão? Por que falhamos? Quando isso pode acontecer? A que serve a traição da própria alma e da confiança conquistada?

A quebra da confiança traz consequências as mais diversas, incluindo a depressão, que pode se tornar persistente. Sentimentos de fracasso, raiva, culpa e as feridas narcísicas decorrentes dessa quebra deixam marcas que devem ser respeitadas, sempre que forem expressas.

Essa perda será vivenciada de maneira muito própria e a restauração desse sentimento não será possível para muitos!

Àqueles que ela for possível, ainda assim, será condição 'sine qua non' a ampliação do autoconhecimento, da consciência de si para que ambos saibam o que os faz renovar a confiança entre eles.

A confiança restaurada de forma consciente e responsável supõe que ampliaram seu autoconhecimento e resignificaram suas escolhas, sentimentos e votos. E, especialmente, que fortaleceram a confiança em si mesmos.






quinta-feira, 12 de maio de 2022

Vida interior: estímulo à vida

Por que alguns sentimentos tomam conta de nós, sem motivo aparente? Por que da irritação com as coisas do dia a dia ou com as pessoas próximas? Por que muitos já se levantam amuados, sem estímulo para a vida?

As respostas não são simples e, geralmente, esses sentimentos encobrem problemas bastante profundos e complexos.

Aqui, viso uma abordagem para a tomada de consciência a partir dos sintomas. O que querem dizer sobre nós e para cada um de nós.

Oscilação de humor, agressividade, irritação podem ser expressão de emoções inconscientes. Aprender a analisá-las, discriminá-las pode tirar a pessoa do vazio de si mesma, da melancolia, do embotamento intelectual e até de alguns estados depressivos. Além disso, pode evitar a dependência de um outro(a) no sentido desse outro produzir o estímulo e a alegria de viver, uma vez que a pessoa por si mesma não consegue fazer isso. Não consegue dar sentido para a própria vida.

Nos sonhos é comum que aspectos inconscientes apareçam sob a forma de algum animal. Esse lado, digamos, animal da psique representa nossas reações físicas, instintivas, incluindo as de natureza sexual. Não somente elas. Reações físicas instintivas como a agressão, fantasias sexuais, irritações, fascinações e tudo que tem origem no corpo precisa passar pelo processo de humanização, ou seja, pela integração consciente dessa parte importante da natureza humana.

Os sonhos, certamente, não são o único caminho para se entrar em contato com esse conteúdo. O próprio comportamento, os sintomas em si podem nos levar à consciência de algo que está ali deixando-nos agressivos, irritadiços, sem vitalidade e/ou excessivamente críticos.

O pensamento permite analisar por partes, facilita o domínio de uma reação, de um sentimento para indagá-lo:

- Por que estou tão irritada(o)? Por que me sinto assim? Por que me irrito tanto quando ele(a) faz isso ou aquilo?

Portanto, a melhor maneira de integrar reações, sentimentos é questionar esses estados de espírito, esses estados de animo autonomos. Por exemplo:

- Por que acordei mal-humorada(o) hoje? De onde veio isso? Quando começou? O que isso quer dizer realmente? Assim, pode-se chegar ao que está acontecendo, interiormente.

Tudo que estimula uma pessoa ou a fascina provém desse interior. Mais precisamente, provém da relação positiva com seu interior. Uma relação negativa com ele torna a pessoa seca, embotada intelectualmente, praticamente sem vida.

A relação positiva consigo mesmo(a), facilitada pelo autoconhecimento e pela integração de aspectos da natureza instintiva do ser humano, é o estímulo necessário à vida.


(Texto extraído e adaptado do livro "O gato" de Marie Louise Von Franz)







 


 



 



 


segunda-feira, 14 de março de 2022

A vida evolui e você?

Não há como negar que houve evolução no modo de viver e se comportar da humanidade. Fomos nos adaptando e desenvolvendo recursos cada vez mais sofisticados de sobrevivência e bem estar. Chegamos até aqui, como espécie,  por conta dessa nossa capacidade de adaptação. 

Mas, enquanto indivíduos, como estamos evoluindo? Na prática do dia a dia, onde está a maior dificuldade de adaptação? 

Quais dessas dificuldades podem estar impedindo sua adaptação aos desafios que a vida apresenta:

- Não consegue ficar no presente? Sente-se preso ao passado ou se (pré) ocupa do futuro?

- Dificuldades com imprevistos? Precisa ter tudo sob controle ou planejar muito, antes de agir? 

- Geralmente, arrepende-se de ter lidado com situações da maneira como lidou? Sentiu que suas reações foram desproporcionais, as emoções intensas demais?

- Prefere deixar que o tempo resolva situações ou assume a direção do que quer, do que sente, do que pensa? 

- Preocupa-se excessivamente com o que os outros vão pensar ou estão pensando sobre você? Quer sempre agradá-los?

- Sente-se inadequado, inferior ou

- Julga os outros como inferiores? 

- Sente necessidade de mudar o outro, as situações ao seu redor? Tende a querer que tudo seja do seu jeito?

Enfim, há muitas maneiras que nos impedem de estar bem conosco, com os outros e com a vida.

Não é incomum as pessoas saberem o que no seu modo de agir dificulta suas vidas. Entretanto, não conseguem sair desse lugar ou lidar de maneira difierente com tais situações. Estão sempre ansiosas, estressadas, por acreditarem que estão em falta consigo, com os outros, com a vida. Perdem sono, comem de mais ou de menos, consomem muito, acumulam; enfim, vão aumentando seus problemas ao invés de enfrentá-los, de encontrar soluções para aquilo que as aflige. (Não raro, nesse enfrentamento, deparam-se com soluções mais simples do que imaginaram.) 

O autoconhecimento é a possibilidade de saída desse "caminho da roça" das repetições. Permite o desenvolvimento da autoestima, diminuindo expectativas, geralmente, muito altas em relação a si e aos outros. Traz a pessoa mais para o presente, onde de fato a vida está acontecendo e a ajuda na aceitação de como ela é. Essa aceitação - de si e da vida como são - é condição para que a pessoa evolua como individuo e sujeito da própria vida.

Há muitas  maneiras de adquirir autoconhecimento: leitura, videos especializados, meditação, psicoterapia etc. Em todas, precisa haver não só o desejo de, mas, dedicação, disciplina, paciência consigo, como requer qualquer aprendizagem . A psicoterapia, dentre poucas, é a que oferece oportunidade de se ter alguém, devidamente preparado, para  nos acompanhar nessa jornada: - A maravilhosa jornada de vir a ser quem se é! Vir a ser  dinâmico, como a vida em evolução.