segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

E se...

Se tivesse feito, sido, dito...
Se tivesse o corpo assim ou assado,
o nariz, o cabelo, a boca;
enfim, se fosse como essa ou aquela,
esse ou aquele...

Então...
Ah, entao a vida seria diferente! Muito diferente! Muito...

E, COMO seria? Como seria?

Muitas respostas a essa pergunta fazem pensar como as idealizações, as fantasias ganham dimensões de realidade para muitas pessoas...E não é só quanto à aparência que essas idealizações ganham peso de realidade!
Os pensamentos são encadeados de tal maneira que a realidade subjetiva ganha mais peso que a objetiva!
Os sentimentos logo são associados a esses pensamentos e,assim, tudo se transforma em verdade,em crença!
O agir ou o não agir são ditados por essas crenças. A pessoa se apega de tal maneira a elas que, dificilmente, ouve ou percebe outras maneiras de se relacionar consigo, com os outros e com a realidade que a cerca. Infeliz, mas segura, segue vivendo em ciclos viciosos. Acredita-se no controle da vida,evitando surpresas desagradáveis, problemas, desconfortos - sofrimento.

Tendo pouca resistência à frustrações, mobiliza as pessoas que a cercam para compensá-la por perdas sofridas, requisita delas o enfrentamento que julga não ser de sua responsabilidade.

Sente-se incompreendida e injustiçada, quando solicitada a mudar de atitude.Enquanto não volta para o conforto do espaço criado dentro de si, vive e gera o caos em torno de si.

E se, se fosse possível acreditar em si, no outro, nas relações e na vida...
Se fosse possível gostar de quem se é, das escolhas feitas ...
Como seria?

Provavelmente seria mais fácil viver, decidir, enfrentar os imprevistos, resolver problemas...Certamente, seria mais fácil locomover-se entre isso e aquilo, entre esses e aqueles...Como seria bom viver a vida que se tem para viver!