quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O sentido da vida

Diante da ameaça real, da vulnerabilidade da vida por conta da pandemia que nos aflige e que, volto a dizer, traz ameaça direta à vida, quantas questões não nos são colocadas sobre ela - a própria vida?

Nós que estamos sempre nos questionando a respeito do seu sentido, dramaticamente, podemos constatar que ela em si é a razão, o sentido último. 

Respirar dá sentido à vida! Não morremos sem oxigênio?!

Não estamos entristecidos e até deprimidos por não estarmos na presença dos nossos queridos vendo-os simplesmente, ouvindo-os sem ter a máscara como abafador? A impossibilidade de transmitir afeto, através de um simples aperto de mãos, sorriso, abraços e, até mesmo, o  simples cumprimento dos gestos sociais não têm sido notados como algo que traz e dá sentido às nossas vidas? "Como"do oxigênio, precisamos uns dos outros.

O necessário uso da máscara, o rigor na higiene pessoal e de tudo que entra nas nossas casas, assim como as condições precárias a que muitos  estão expostos têm deixado claro, para muitos de nós, que estar vivo é o maior sentido da vida - que deve ser preservada a qualquer custo. 


Quando não mais tivermos que preservá-la da maneira recomendada para atravessarmos esse tempo difícil, que a vida permaneça nesse lugar de atenção, para que não deixemos escapar o que, realmente, preserva e dá condições para que sigamos em frente, com dignidade e compaixão.

Que não nos falte coragem, para lutar pelo direito pleno à ela!