Reconhecer as defesas utilizadas pelo ego (repressão, negação, racionalização, projeção, justificativa, compensação etc.) é um dos primeiros passos da jornada rumo ao autoconhecimento.
Esse processo precisa de um ego mais fortalecido, para sua libertação. O fortalecimento do ego vai acontecendo, à medida que esses passos vão sendo dados.
Passos mais avançados nessa jornada terão sido dados quando houver, também, o esvaziamento do julgamento: de si e do outro.
Esvaziamento que, por sua vez, implicará em maior aceitação de ambos.
Como esvaziar o ato de julgar? Primeiro, reconhecendo-o.
Identificando partes de si que julgam, através de pensamentos que antecipam ações e as esvaziam, como que antevendo fracasso e/ou desaprovação. Rejeição.
Muitas vezes, o julgamento do outro é uma projeção, um reflexo do próprio julgamento.
Identificando, também, os aspectos que agem como verdadeiros juízes e algozes. Aspectos que parecem a personificação de um lado perverso que mais confunde e enfraquece do que fortalece seu comportamento.
É comum, nesses casos, a divisão do eu em lados antagônicos.
Um lado representa, geralmente, o desejo autêntico, o verdadeiro eu. O outro lado, é constituído por aspectos introjetados da interação com as pessoas e o ambiente desde tenra idade que atuam não só de maneira positiva; mas, específicamente, contra a expressão espontânea do eu verdadeiro, gerando insegurança e desconfiança (em si e no outro).
Sem dúvida, a tomada de consciência é imprescindível na diferenciação entre o falso eu e o eu verdadeiro, transformando a maneira como nos relacionamos conosco, com os outros e com a vida.
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