quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Liberdade para fazer escolhas: a base da identidade da mulher. Como conciliar suas escolhas, quando se trata de "eu e nós"?

As ideias e expectativas em relação a mulher mudaram muito desde a metade do século passado. Consequentemente, as mulheres e suas expectativas mudaram muito nesse mesmo período.

Partiram do conceito herdado de outras gerações que nasceram para serem donas de casa, esposas e mães e que, por isso mesmo, deveriam saber valorizar o casamento.

A partir do uso da pílula anticoncepcional, da possibilidade do divórcio e da inclusão da mulher no mercado de trabalho as mulheres perceberam que o mundo era maior que o domínio doméstico e que  poderiam participar dele!

O mundo de então passava por uma revolução e as novas gerações começavam a questionar os valores das gerações anteriores. Entre outros, o movimento feminista foi marco decisivo em prol da liberdade dessa mulher.

Acontece. assim, a ruptura com os antigos modelos estabelecidos.

Individualidade, liberdade, prazer. Outro jeito de ser mulher, diferente de tudo o que foi vivido até então. A identidade feminina passa a se basear em escolhas pessoais e não em estereótipos ou conceitos pré-definidos. A mulher toma as rédeas da própria vida.

Entretanto, para chegar aí não foi nada fácil! Os conflitos entre amor e profissão, entre o “eu e o nós” permearam a vida de muitas mulheres até esse empoderamento.

Liberdade para fazer escolhas: a base da identidade da nova mulher. Como conciliar suas escolhas, quando se trata de "eu e nós"? 

Gostaria de ter mais respostas do que perguntas para o que tanto faz sofrer mulheres que se dedicam às suas vidas, são bem-sucedidas naquilo que fazem, que estão cheias de energia e criatividade para serem investidas em suas carreiras profissionais. E, ainda, querem viver suas famílias sem culpas por faltarem aqui ou ali!

Certamente, uma nova parceria precisa ser consolidada entre os que escolhem viver a vida a dois e, principalmente, escolhem atender ao desejo de ter filhos.

Como costumo dizer: hoje, os dois saem para "caçar", os dois voltam para a mesma "caverna" quase que ao mesmo tempo (aliás, depois de quase 10 horas fora dela) e os "filhotes" são dos dois; portanto, os dois estão (ou deveriam estar) igualmente envolvidos nas tarefas rotineiras dessa vida em comum, que não são poucas.

Os conflitos continuam na vida de mulheres e homens do século XXI. As mudanças não ocorrem, como não ocorreram, no ritmo do desejo. Não havendo modelos prontos de como fazer diante dessa nova realidade social, a criatividade deve ser colocada nessa equação. Assim como também e, mais do que nunca, devem entrar o diálogo e o comprometimento, especialmente, entre os pares para que desses problemas comuns nasçam soluções.