terça-feira, 1 de setembro de 2020

A urgente tarefa de separar o joio do trigo

Separar o ser humano daquilo que faz ou representa, torna-se cada vez mais imperativo. 

As crises sucessivas que acompanhamos têm nos colocado diante dessa tarefa de separação, que muitas vezes é bastante sutil.

Por mais decepcionantes ou dolorosas que sejam, as crises podem trazer ou ampliar consciência, redirecionando expectativas.

O senso crítico assim favorecido, amplia a capacidade de questionar, de reivindicar que papéis sejam, de fato, exercidos com dignidade . 

Estar como chefe de estado, como representante do povo ou como líder religioso não garante que o desempenho seja o esperado. Muitas vezes, tais representantes deixam de atender a condição sine qua non desses mesmos cargos ou representações. Sugerem assim, que se veem de maneira inflacionada, exibindo um eu grandioso que não se sujeita ao que dele se espera, que serve exclusivamente à sua própria vontade e vaidade.

Saber que representam e não são o representado mantem valores, senso de dever, de responsabilidade e justiça por parte de todos. 

Diante da falta de interesse e respeito pelo bem comum, pela necessidade de justiça (em todos os sentidos) e pela fé depositada em confiança em muitos desses representantes, cujos comportamentos trazem à luz a incongruência entre ser e estar - urge estarmos vigilantes!
A consciência da importância de uma participação crítica da sociedade é imprescindível à tarefa de separar o joio do trigo.