Onde está a resposta sobre o que é melhor para um grupo de pessoas, uma comunidade, uma nação? Enfim, "onde está o bem comum"?
Houve um tempo em que era possível debater ideias. Um tempo de diálogo. Quando, não se pretendia (con)vencer o outro do próprio ponto de vista. Mas, do qual partia-se para evoluir: como cidadão, como pessoa, como indivíduo.
Os diálogos de Plantão são uma grande inspiração, entre tantas obras da Filosofia, a fim de voltarmos a essa prática tão importante para a vida pública e privada. Certamente, tal exercício ajudaria a levantarmos a cabeça - não só das telas!
Homens sapiens que somos, bípedes e de cabeça erguida somos inclinados cada vez mais ao próprio mundo, aos próprios desejos, com pouco ou quase nenhum interesse pelos diferentes pontos de vista de tantos outros humanos. A capacidade de ouvir, pensar, pesquisar, discutir e argumentar para que se chegue a um ponto a partir do qual se evolua está cada vez mais frágil. E, como tudo que é frágil, a tendencia é ter reações mais emocionais do que racionais, quando na defesa de alguma questão. Finca-se pé em alguns enunciados, com bandeiras empunhadas, que mais nos tiram a visão do que nos colocam ao alcance de perspectivas mais amplas, complexas de uma sociedade humana sempre em mudança.
É de admirar que haja tanta dificultade de diálogo entre pessoas com pontos de vista diferentes!Se houver, apenas, confirmação de qualquer ponto de vista ter-se-á cada vez menos desenvolvimento da espécie humana. Menos evolução da comunicação entre nós.
É necessário abrir-se à escuta, ao conhecimento, do ponto de vista que, minimamente dialogue com assuntos que se queira discutir, para ampliar, para transformar aspectos de uma sociedade que vai muito além do isso ou aquilo.
É preciso usar a cabeça!
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