domingo, 16 de novembro de 2025

Da adaptação do homem ao sacrifício do feminimo genuíno. Além do controle: encontrando a verdadeira Força do Feminino

  •  Ao fazer sua adaptação ao mundo o homem, muitas vezes , relaciona-se de maneira irresponsável com o feminino. Negligencia tanto seu lado jovem, terno,  receptivo e empático como as mulheres com quem se relaciona. Isso traz consequências como, por exemplo, viver em um ambiente caótico e de disputa entre os sexos.
  • Muitas filhas, diante desse pai poderoso, que tem sempre razão e justificativas para se manter no controle ou daquele imaturo, negligente e irresponsável podem desenvolver uma couraça de força e poder - cujo principal desejo é controlar. Estar no controle lhes parece manter as coisas a salvo, seguras.
  • Com o controle vem uma dose exagerada de responsabilidades, deveres e a sensação de exaustão. Sob essa couraça de força, encontramos sentimentos de impotência, dependência e uma carência avassaladora.
  • A mulher adaptada, através da identificação com o poder do pai ou em reação ao pai fraco e negligente, corre o risco de viver uma ligação emocional capaz de devastá-la como ao outro, porque nesse caso o vínculo que estabelece é de dependência e, totalmente, possessivo.
  • Essa adaptação do ego de fora para dentro não permite à mulher que sua força venha de forma natural e do centro de sua personalidade - que expresse seu feminino genuíno. 
  • O caminho até ele não passa pelo "fazer alguma coisa". Ao contrário, "nao fazer" é o segredo para encontrar esse caminho.
  • O processo de transformação dessa força começa pela valorização da vulnerabilidade e pelos aspectos incontroláveis de sua existência. Assim, pode criar nova fonte de força.
  • É através da atitude criativa que podem mudar sua vida e o relacionamento consigo e com os outros.






Bibliografia:

"A mulher ferida"  
Leonard, Linda S.
Ed Saraiva

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

A evolução na aplicação da Psicologia

 

As mudanças na evolução da aplicação da Psicologia, especialmente na clínica, durante essas quase cinco décadas atuando como psicoterapeuta, chamam-me muita atenção!

O conhecimento maior do funcionamento do cérebro é fascinante e oferece recursos para diagnósticos e estratégias de tratamento, sem dúvida.

A questão é: como são feitos esses diagnósticos, como são recebidos e impactam a vida das pessoas ?

Nomear sintomas é importante, sim. Entretanto, parece estar havendo uma supervalorização do diagnóstico em detrimento do processo que considera a pessoa mais do que seu transtorno ou doença. (Sem que isso signifique desconsiderá-los!)

O transtorno X resulta em tais comportamentos que passam a determinar a pessoa, levando-a ao conformismo ou a práticas de mudança de comportamento que não são eficazes para muitos e/ou perdem sua força com o tempo; gerando assim, mais frustração e sentimento de impotência do que de superação e transformação. Do meu ponto de vista, mais adoecimento do que saúde. Mais heteronomia do que autonomia.

Mudanças de comportamento não são fáceis, porque envolvem o indivíduo como um todo. Além do que, é preciso compreender que a atitude é constituída de três elementos: o racional, o emocional e o comportamental.

Pode-se desejar muito mudanças de atitudes, mas, se esses três componentes não forem mobilizados, não estiverem alinhados, dificilmente, ocorre mudança.  

O processo na análise psicológica envolve um dinamismo entre esses três fatores, dando lugar a maior consciência de si, amor-próprio/autoestima e transformação do que é possível ser transformado.